Vacinação contra paralisia infantil prossegue até 14 de junho em Caarapó

Crianças menores de cinco anos devem receber a gotinha da vacina contra a paralisia infantil
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A Secretaria Municipal de Saúde de Caarapó emitiu comunicado sobre a vacinação contra a poliomielite no município. De acordo com o órgão, a vacinação continua nas unidades de saúde e estão disponíveis para as crianças menores de cinco anos.

De acordo com o Departamento de Epidemiologia e Imunização, as crianças enquadradas na faixa etária que constitui o público-alvo da imunização têm até o dia 14 deste mês para encaminhar a vacinação dos filhos. Espera-se que, até o término da campanha, 3.897 crianças estejam imunizadas contra a poliomielite em Caarapó – cujo objetivo é prevenir o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, além de reforçar medidas para a erradicação da doença.

Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e, cinco anos depois, em 1994, recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, no ano passado, o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC). 

Essa categorização se deu a partir do desempenho das coberturas vacinais, dos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e do status de contenção laboratorial dos poliovírus, por exemplo. 

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus que costuma infectar crianças com menos de cinco anos de idade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a poliomielite está quase erradicada no mundo devido aos grandes esforços de vacinação. No entanto, é essencial manter altas taxas de imunização entre as crianças para que se consiga o objetivo de eliminação total do vírus.

A paralisia infantil tem potencial para ser uma doença devastadora. Em casos graves, o vírus ataca os neurônios motores na medula espinhal e cérebro, podendo causar paralisia permanente dos membros em questão de horas. Décadas atrás, antes da existência de vacinas eficazes, a poliomielite era temida em todo o planeta e causava surtos recorrentes com milhares de casos de paralisia.

Atualmente, a vacina Sabin oral é a principal arma contra a paralisia infantil. Disponível em centros de saúde, ela é segura e altamente eficaz, conferindo imunidade ao organismo por meio do contato com o vírus vivo atenuado. Com altos índices de cobertura vacinal, grande parte do mundo já erradicou o poliovírus selvagem. No entanto, é preciso manter a vigilância para impedir nova reintrodução, especialmente em países ainda endêmicos.

Portanto, a vacinação continua sendo crucial para assegurar um futuro livre da paralisia infantil. Protegendo nossas crianças contra esse grave mal, também protegemos a saúde coletiva. Manter a população imunizada é a única forma de livrar o mundo de vez desse fantasma do passado.

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